BUSCA POR FORTALECIMENTO DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM ESCOLAS DO CAMPO GERA PARCERIA ENTRE A ORGANIZAÇÃO PÃO PARA O MUNDO (ALEMANHA), ASSESOAR, CEAGRO E UFFS

Texto: Thaile C. L. Vieira
Fotos: Arquivo CEAGRO

Na tarde da última quinta-feira (22), ocorreu na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Laranjeiras do Sul a cerimônia de anúncio da parceria entre a organização Pão Para o Mundo (Alemanha), a Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural (Assesoar), o CEAGRO (Centro de Desenvolvimento Sustentável e Capacitação em Agroecologia ) e a UFFS, para o financiamento do Curso Interdisciplinar em Educação do Campo: Ciências Sociais e Humanas, ofertado no Campus Laranjeiras do Sul.

Vila Velha - CEAGRO

Vila Velha – CEAGRO

O curso teve início em 2014 e ocorre em Regime de Alternância, que se divide entre o tempo universidade (período em que as turmas permanecem em tempo integral, com aulas no CEAGRO e na Universidade, realizando as atividades acadêmicas do curso) e o tempo comunidade (período em que os estudantes voltam para suas comunidades de origem para realizar atividades, projetos, estágios do curso).

As etapas do tempo universidade acontecem nas dependências da unidade educacional do CEAGRO, na Vila Velha, em Rio Bonito do Iguaçu.

O apoio fornecido com essa nova parceria, que agora a Assesoar passa a integrar, refere-se a subsídios para pagamento das despesas de alimentação e hospedagem, durante as etapas do tempo universidade, que acontecerão no CEAGRO e na Assesoar, em Francisco Beltrão.

O ato contou com a presença de Cristiane Katzer, da Direção Executiva da Assesoar; Thaile C. Lopes Vieira, da coordenação do CEAGRO; Antônio Inácio Andrioli, o Reitor da UFFS, em exercício; Janete Stoffel, Diretora do Campus Laranjeiras do Sul; Fábio Zeneratti, Coordenador do Curso Interdisciplinar em Educação do Campo: Ciências Sociais e Humanas; Jhony Alex Luchmann, Coordenador do Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA); além de professores, técnico-administrativos e estudantes do Curso Interdisciplinar em Educação do Campo: Ciências Sociais e Humanas da UFFS e representantes da comunidade regional.

O projeto de apoio “Formação de Professores em Escolas do Campo” (aprovado pela Organização Pão Para o Mundo) visa contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento da formação de professores em escolas do campo, na perspectiva da educação popular, da agroecologia e do desenvolvimento multidimensional sustentável.

Sobre o Curso

O Curso Interdisciplinar em Educação do Campo: Ciências Sociais e Humanas (Licenciatura) tem como objetivo formar educadores comprometidos com o desenvolvimento educacional, cultural, social e econômico dos povos do campo, para atuação prioritária em escolas do campo nas áreas de Ciências Sociais e Humanas. Os licenciados nesta área estarão capacitados para promover a relação entre o ensino das ciências sociais e humanas no contexto (físico, geográfico, cultural e econômico) do campo brasileiro, especificamente suas configurações relacionadas à concepção da Educação do Campo. Tem como objeto de atuação a escola de educação básica do campo, com ênfase na construção da educação escolar e do trabalho pedagógico para os anos finais do ensino fundamental e ensino médio. Pretende graduar e habilitar profissionais na educação fundamental e média que ainda não possuem a titulação mínima exigida pela legislação educacional em vigor, quer estejam em exercício nas funções docentes ou atuando em outras atividades educativas não escolares junto às populações do campo. Sendo assim, o curso tem a intenção de preparar educadores para uma atuação profissional que vai além da docência, dando conta da gestão dos processos educativos que acontecem na escola e no seu entorno.

Mais informações em:

https://www.uffs.edu.br/campi/laranjeiras-do-sul/noticias/assesoar-e-pao-para-o-mundo-anunciam-financiamento-de-bolsas-para-estudantes-do-curso-interdisciplinar-em-educacao-do-campo-ciencias-sociais-e-humanas

Conheça mais sobre:

Organização Pão Para o Mundo, em: https://www.brot-fuer-die-welt.de/pt/pao-para-o-mundo/

Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural – ASSESOAR, em: http://assesoar.org.br

Edição: Jaine Amorin

ESPECIALIZAÇÃO EM REALIDADE BRASILEIRA – UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL

Por Mirian Kunrath
Foto: Thiarles França

Passados quase seis meses da primeira etapa, os acadêmicos e acadêmicas da Especialização em Realidade Brasileira retornaram para a segunda etapa de formação, que ocorreu entre os dias 16 a 25 de Julho, no CEAGRO – Vila Velha, município de Rio Bonito do Iguaçu/PR.

A turma é composta por Acadêmicos oriundos de diversas regiões do Estado do Paraná e de Santa Catarina, em sua maioria pessoas ligadas a organizações sociais como APP- Sindicato, Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA, Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB, e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, além de acadêmicos sem vínculos orgânico social. O curso tem como objetivo compreender a realidade brasileira com base nos clássicos brasileiros, com abordagem nas diversas áreas e perspectivas.

Durante esta segunda etapa os autores estudados foram Milton Santos, compreendendo os conceitos de Espaço e Território, Gilberto Freire, Sergio Buarque de Holanda e Darci Ribeiro, para compreender a formação do povo brasileiro, e Guilherme Delgado, com o conceito de Agronegócio. Além dos autores estudados, a turma contou com aulas ministradas por Carlos Frederico Marés de Souza Filho, que trabalhou conceitos relacionados ao Direito Agrário.

Para entender mais sobre a realidade e compreende-la, a turma saiu das atividades teóricas e contou com experiências práticas dentre as quais se destacam uma caminhada para conhecer a Vila Velha e um pouco da sua história, e a Visita aos Acampamentos Herdeiros da Terra de 1º de Maio em Rio Bonito do Iguaçu e Dom Tomás Balduíno em Quedas do Iguaçu, ambos organizados pelo MST.

Edição Jaine Amorin

 

AUDIENCIA PÚBLICA DEBATE CARREIRA DOS LICENCIADOS EM EDUCAÇÃO DO CAMPO

Por Mirian Kunraht

Na noite do dia 28/06/2018, foi realizada audiência pública para debater a carreira profissional dos licenciados em Educação do Campo, sediada na Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS – Campus Laranjeiras do Sul. Contou com a participação de representantes do Núcleo Regional de Educação, Estudantes do Curso, Pró reitor de Graduação da UFFS, Ministério Público, Representante da Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná – UNICENTRO, Ceagro – Centro de Desenvolvimento e Capacitação em Agroecologia.

Jaqueline Bueno, formada em Educação do Campo. Foi impedida de assumir vaga em concurso público, pois, segundo o Estado, seu certificado não tem validade nenhuma. Foto: Jaine Amorin/CEAGRO

A audiência teve como debate central a discussão quanto ao reconhecimento da carreira dos Licenciados, uma vez que os Cursos foram ofertados pelas Universidades, reconhecidos pelo Ministério da Educação, e pelo conselho estadual de educação do Paraná, e os egressos devidamente diplomados. Denuncias foram feitas baseadas em ocorrência em processos de Contratação de Professores temporários e em Concurso Publico no Estado do Paraná, uma vez que a SEED – Não reconhece a carreira e os diplomas dos formados nas Licenciaturas em Educação do Campo. Ao final da Audiência foi elaborada uma ata a qual relata as denuncias que serão encaminhadas a Articulação Paranaense por uma Educação do/no Campo, a qual vem mobilizando e articulando forçar para o reconhecimento da carreira dos licenciados.

Edição Jaine Amorin

Audiência Pública para denunciar a precarização com a educação do campo no município de Rio Bonito do Iguaçu/PR

Por Mirian Kunrath

Foto: Jaine Amorin/CEAGRO

Na manhã do dia 28/06/2018, foi realizada uma audiência pública sediada na Câmara municipal de vereadores em Rio Bonito do Iguaçu – Pr. A audiência foi presidida pelo presidente da Câmara, o vereador Miltinho e contou com a presença do prefeito Ademir Fagundes (Gaúcho), Representante do Ministério Público o promotor Dr. Felipe, o secretário para assuntos fundiário do Estado do Paraná Hamilton Serighelli, lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra – MST, Deputado Estadual Professor Lemos, Representante da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Janete Stofel e outras autoridades. Contou com a participação de lideranças locais, diretores das escolas da rede municipal e estadual dos Assentamentos Ireno Alves e Marcos Freire, ambos do Rio Bonito do Iguaçu.

Audiência teve como objetivo denunciar e solucionar a precarização com a educação do campo, motivada pela péssima condição das estradas, precarização do transporte escolar, sendo que as linhas de transporte são suspensas em dias chuvosos pela falta de condições de trafego, resultando em uma perca de 54 dias letivos em 2017 e até a presente data  já foram 25 dias letivos do ano de 2018.

Sr. Orlando Baim, pai de estudante e morador do Assentamento. Foto: Jaine Amorin/CEAGRO

Um importante debate acerca da Educação do Campo e também sobre a infraestrutura de assentamentos da Reforma Agrária, concluindo que é urgente melhoria nas estradas. Como resultado da audiência foi encaminhado pelo representante do Ministério público afim de cumprir com o direito das crianças e adolescentes a Educação,  a organização de uma sequencia de reuniões de um corpo técnico o qual se reunirá mensalmente para buscar soluções passiveis para a resolução dos problemas.

O CEAGRO se soma nesta construção por meio do Projeto Direito das Famílias Sem Terras: das Violações a Conquista da Reforma Agrária, apoiado pelo Fundo dos Direitos Humanos, na defesa dos Assentados e Acampados do município e região.

Edição Jaine Amorin

Trabalho com Frutas Nativas da região é apresentado à Caravana Lula

Por Luis Carlos Costa

Na ultima terça-feira (27), a Caravana LULA passou pela Região Centro do Paraná visitando o município de Quedas do Iguaçu e  Laranjeiras do Sul.

O Presidente Luis Inácio LULA da Silva experimentou os sabores das Futas Nativas durante visita ao Laboratório VIVAN de Sistemas Agroflorestais da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS), campus Laranjeiras do Sul. Foram servidos sucos de Guabiroba, Jabuticaba, Uvaia e Amora Silvestre. Os sucos foram produzidos pelos Guardiões das Frutas Nativas dos Grupos Agroecológicos Palmeirinha, Terra de Todos e da Cooperativa COPERJUNHO, membros da Rede de Agroecologia da Cantuquiriguaçu.

Os sucos foram servidos por Jaine Amorin, assentada, estudante da UFFS e assessora de comunicação do CEAGRO e do MST e por Antônio Vaz, agricultor vinculado ao Grupo Terra de Todos e membro do MPA.

O sucesso dos sucos foi tamanho que em menos de 10 minutos, 20 litros de suco foram consumidos pelos membros da Caravana Lula.

Foto: Ricardo Stuckert

O trabalho desenvolvido com as frutas nativas na região foi apresentado pelo professor Julian Perez, coordenador do laboratório, e pelo mestrando Rodrigo Silva, gestor ambiental do CEAGRO, que fez a entrega de uma placa de “Guardião das Frutas Nativas” ao ex presidente Lula, como uma demonstração simbólica dos resultados conquistados com a criação da UFFS durante seu governo.

A valorização das frutas nativas e o cultivo de sistemas agroflorestais na região vem se destacando pelo trabalho realizado pelas famílias assentadas e acampadas da reforma agrária e de agricultores familiares, com assessoria do CEAGRO, UFFS e Rede Ecovida de Agroecologia.

Curso de Especialização em Realidade Brasileira – CRB: uma construção entre a UFFS, os Movimentos Sociais do Campo e o CEAGRO pela garantia do direito à educação para a classe trabalhadora

Por Jaine G. de Amorin 
Revisão Thaile V. Lopes

A conjuntura política e econômica que estamos vivendo na atualidade evidencia uma crise estrutural do capitalismo e uma ofensiva do capital internacional sobre as economias periféricas, em busca de recursos naturais, matérias-primas, energia e mercado, com o objetivo de aplicar um programa neoliberal (subordinando a política aos interesses do capital financeiro e das empresas transnacionais). As contradições e crises do sistema capitalista afetam o mundo inteiro e, sobretudo, a América Latina. No Brasil, vivemos uma grave crise econômica, política, social e ambiental, que afeta diretamente a classe trabalhadora, tendo em vista que,para aumentar a taxa de lucro e o processo de acumulação capitalista, a burguesia aumenta a exploração dos trabalhadores, retirando direitos históricos, como a CLT, por meio de medidas como a Reforma Trabalhista, a Reforma da Previdência, a terceirização e as privatizações. Diante disso, é importante para a classe trabalhadora entender que se há crise, mesmo quando difícil de ser solucionada, há possibilidade de mudanças. Para tanto, é necessário construir espaços e processos permanentes de estudo e análise da história e da realidade brasileira, e, a partir daí, traçar o caminho e ações coletivas para intervir nela criticamente, a fim de transformá-la.

Nessa perspectiva, considerando a importância do acesso ao conhecimento, para entender a realidade em que vivemos e elevar o nível cultural, educacional e de consciência da classe trabalhadora, a Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, campus de Laranjeiras do Sul, por meio de uma parceria com os Movimentos Sociais do Campo (MST, MPA, MAB), APP Sindicato e o CEAGRO, construiu a proposta do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Realidade Brasileira. A especialização terá duração de 2 anos e funcionará em regime de alternância, com atividades pedagógicas e de estudo em tempo universidade e tempo comunidade. O tempo universidade possuirá três etapas presenciais (a primeira em janeiro de 2018, a segunda em julho de 2018 e a terceira em janeiro de 2019), que serão realizadas no CEAGRO, Unidade Vila Velha, em Rio Bonito do Iguaçu.

Foto: Jaine Amorin

A primeira etapa do curso iniciou na segunda-feira (22) e terá a duração de 10 dias, sendo 10 horas aulas/dia.

O ato de abertura do curso contou com a participação e falas dos professores coordenadores do curso pela UFFS, Roberto A. Finatto e Ana Cristina Hammel;do coordenador geral do Ceagro, Luis Carlos Costa; da Diretora de Campus da UFFS Laranjeiras do Sul, Janete Stoffel; bem como os representantes dos Movimentos Sociais.Todos afirmaram a importância da realização do curso, para a Universidade e para as organizações sociais que contribuem na construção do mesmo. A aula inaugural foi ministrada pela Professora Dra. Maria Orlanda Pinassi, da UNESP, que fez uma análise de conjuntura,da crise econômica e política do Neodesenvolvimentismo no Brasil.

Cumprindo com o pré-requisito do edital, a turma tem representantes de movimento sociais e organizações sindicais, sendo eles o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, Movimento dos Atingidos por Barragem – MAB, Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA e APP Sindicato. A turma é composta por 67 estudantes, desses, 45 receberão certificado de especialização (pós-graduação) e 22de extensão.

O MST compreende a educação como um dos direitos humanos fundamentais e como uma das suas principais bandeiras de luta, Nesse sentido, organizou 27 estudantes acampados/as ou assentados/as em áreas de reforma agrária para fazer o curso; Desses, 17 são acampados/as em áreas de conflito pela terra na região da Cantuquiriguaçu. Esses/as estudantes compreendem que  não basta apenas a conquista do direito à terra, mas que o direito a educação também é fundamental, pois o conhecimento é uma condição essencial para a luta da classe trabalhadora.

Em entrevista com Ciliana Federici (formada em pedagogia e receberá certificado de especialização), que é do Acampamento Herdeiros da Terra de I de Maio, coordenadora da Escola Itinerante Herdeiros do Saber e integrante do setor de educação do MST, a mesma destaca que esse curso vai contribuir na formação política e pedagógica dos militantes e também na construção da proposta educacional do MST, que nas palavras dela é “(…) uma proposta de educação que consiga dentro e fora da sala de aula, fazer com que os sujeitos pensem sobre a sociedade que eles estão vivendo (…)” e ainda ressalta que “o curso vem ajudar e muito na prática nossa, seja em sala de aula, na militância, ou em qualquer espaço (…), vem para que consigamos entender melhor a sociedade que estamos vivendo, e também ajudar o Movimento do qual fazemos parte, no ambiente onde convivemos, independente do setor ou coletivo que fazemos parte. O curso vem com o objetivo de interpretar a atual conjuntura, mas para além disso, compreendê-la pra tentar construir uma sociedade diferente que é o que sonhamos enquanto movimento!”

Federici ainda destaca a importância da presença de diversos movimentos sociais e sindicais, que para ela é uma grande experiência, pois cada organização tem na sua luta suas particularidades, no entanto, somos a classe trabalhadora e temos um mesmo ideal, que é a construção de uma nova sociedade. Conclui destacando a importância da UFFS ter aberto as portas para os estudantes não graduados, “aqui temos pessoas estudando que são formadas com curso superior e também tem aqueles que estão no acampamento,que são coordenadores de núcleo de base, isso é muito importante, cada um tem sua caminhada, mas todos querem adquirir o conhecimento e esta e uma grande oportunidade”.

O Professor Roberto A. Finatto, coordenador do curso, destaca que “a Especialização em Realidade Brasileira é fundamental para ampliar e aprofundar o conhecimento sobre a formação e a realidade socioespacial do Brasil” e socializa como foi a articulação da proposta de trabalho desse curso dentro da Universidade: “Foi realizado um esforço para articular a proposta de trabalhar a realidade brasileira com base em autores clássicos de diferentes disciplinas, com a disponibilidade e a formação do corpo docente do campus”. Complementa que “a oferta do curso aproxima ainda mais a universidade da realidade em que ela está inserida”.

Finatto ainda ressalta a importância dos movimentos sociais estarem presentes dentro da Universidade, desde o período de sua construção: “a presença dos movimentos sociais populares sempre foi marcante, inclusive no seu processo de constituição”.Ressalta a importância da turma ser composta por discentes que atuam em movimentos sociais e organizações sindicais. “A presença de professores das redes municipal e estadual de educação, representantes dos movimentos sociais e organizações sindicais entre os discentes amplia a abrangência das reflexões produzidas e permite que as mesmas cheguem até as escolas, comunidades e outros espaços de formação em que os estudantes do curso atuam.” Conclui Finatto.

O CRB é uma importante iniciativa que, além de possibilitar o estudo de autores clássicos brasileiros, como Florestan Fernandes, Caio Prado Júnior, Celso Furtado, dentre outros, apresenta a possibilidade de identificar as contradições da sociedade, como as forças do capital atuam em nosso país, para confrontá-las. Estamos em meio a uma crise sem precedentes na história e ainda não estão claros os caminhos e as construções possíveis. Mas teremos muitas mudanças pela frente, por isso é importante debater e a analisar quais ações devemos adotar de forma conjunta, como parte de um processo permanente de luta, estudo e análise da história e da realidade brasileira.